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Peças arquitetônicas e obras históricas têm impressão na Couture Week

Paris, na última semana, recebeu os desfiles Haute Couture Spring 2024 de algumas das maiores grifes globais de moda. O esboço geral pinava arquivos dos clássicos de marca e artes visuais (cinema, fotografia); eventualmente, deu margem a peças mais estruturais, até estabelecer traço arquitetônico.

Essa característica pôde ser notada nos quadris das modelos que desfilaram para a designer Maria Grazia Chuiri, a qual lançava mão, na Christian Dior, das silhuetas da coleção 'Profile' de 1953; ao passo que Elsa Schiaparelli inspirava os vestidos esculturais de Daniel Roseberry. Os de Kim Jones, na Fendi, o qual leu futurismo nos trabalhos de Karl Lagerfeld, imprimiam efeitos gráficos até, então, impor limites, extremidades geométricas. Nada para ser contido a seguir.

Convidada para realizar alta-costura na Jean Paul Gaultier, a estilista Simone Rocha não deixou de lado a assinatura do icônico designer: espartilho de fitas de cetim cruzadas, pannier e sutiã acentuado. Costurando com linhas semelhantes na Maison Martin Margiela, John Galliano excedeu as próprias inclinações e aplacou também as cinturas num espetáculo performático que refletia as fotografias espúrias de Brassaï dos anos 1920 e 1930.