NYFW seduz pouco e deprime horrores em ato prêt-à-porter recente
A Semana de Moda de Nova Iorque para as coleções de Outono 2024 ready-to-wear aconteceu entre os dias 9 e 14 de fevereiro [período de carnaval por aqui]. A ocasião foi tomada pela fantasia de gerações, por emoções taciturnas e itens de cobertura do corpo essenciais do street style.
Nesse último quesito, Tommy Hilfiger quis celebrar a moda da cidade do jeito sportswear dele, atualizado em proporções sem curvas. Permitem combinações, assim como a coleção de Anna Sui, que foi mais longe na pesquisa sobre o que vestem as moças pelas ruas: as modelos pareciam estudantes com obsessão vintage. Os visuais de Sandy Liang que carregavam laços de fita, por sua vez, representaram juventude de sororidade feminina. Uma das inspirações dela foi 'Sailor Moon'.
A fantasia, no entanto, foi além na Batsheva, que levou para o show a atriz de 'The Breakfast Club' (1985) Molly Ringwald, estreante na passarela da fashion week em questão, simbolizando nostalgia no excêntrico desfile de mulheres mais velhas vestidas em dimensões imaturas, as lantejoulas refletindo o deslumbramento infantil. Aquela geração em contradição foi vista também em Christian Cowan, que traduzia as referências celestiais de quando criança em glamour de meia-idade (ou avançada), com estrelas em todo ponto de costura.
Mais a fundo no campo da ficção, ainda assim óbvio, Christian Siriano se inspirou em 'Dune', criando peças que pretendiam emular o céu da noite e o horizonte de areia distópico. Já Thom Browne, de maneira teatral, pegou o poema 'The Raven' de Edgar Allan Poe para a atriz Carrie Coon interpretar durante o desfile que continha alfaiataria, elementos bufantes, roupas em preto e branco (e dourado). Um encerramento soturno da NYFW.
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